quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Músicas para quem quer ou tem aquela pegada.

Seja pra criar um clima romântico, ou dar aquela apimentada, uma musiquinha na hora H é sempre bom. Vamos a elas...

Clássicos






























Nem tão  Clássicos












No momento é só em uma outra oportunidade coloco mais algumas  enjoy!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Beatbox






Para quem nao sabe o termo beatbox (que, a partir do inglês, significa literalmente caixa de batida) refere-se a percussão vocal do hip-hop. Consiste na arte em reproduzir sons de bateria com a voz, bocae cavidade nasal. Também envolve o canto, imitação vocal de efeitos de DJs, simulação de cornetas, cordas e outros instrumentos musicais, além de outros efeitos sonoros. Muitos autores consideram o rapper norte-americano Doug E. Fresh como o grande pioneiro dessa arte. Porém, pesquisas recentes apontam para o compositor, músico e cantor brasileiroMarcos Valle como inventor da beatbox.

Em 1973 Valle gravou para seu LP "Previsão do tempo" a faixa "Mentira", na qual ele emula uma bateria com sua voz e dessa forma executa um padrão rítmico e uma virada. Numa entrevista de 2008 para o pesquisador acadêmico Alexei Michailowsky, Valle revelou grande surpresa ao saber que era um dos pioneiros da beatbox. Relembrando a gravação da faixa, ele afirmou que a ideia surgiu ao acaso como uma mera experiência, lhe agradou e foi incorporada à gravação final.

Banda Nacionais Anos 80 - Camisa de Vênus







A banda foi formada em 1980 quando Marcelo Drummond Nova, que trabalhava na rádio Aratu em Salvador, conheceu Robério Santana, que trabalhava na TV Aratu. Conversando sobre música os dois descobriram que tinham gostos em comum e decidiram montar uma banda. Marcelo Nova seria o vocalista e Robério Santana o baixista. Robério resolveu chamar seu amigo Karl Franz Hummel para assumir a guitarra base e este, por sua vez, chamou seu amigo Gustavo Adolpho Souza Mullem para tocar bateria. Se juntou ao grupo o guitarrista solo Eugênio Soares.

Nos ensaios, as pessoas que compareciam diziam que o som da banda era muito incômodo. Por isso, Marcelo Nova sugeriu o nome de Camisa de Vênus, por achar preservativo uma coisa muito incômoda.

Após duas apresentações em Salvador, Eugênio Soares sai do grupo e Gustavo Mullem, que queria tocar guitarra solo, chama Aldo Pereira Machado para assumir a bateria. Esta seria a formação que tocaria junta até o primeiro fim da banda, em novembro de 1987.

Com a realização de alguns shows na capital baiana, uma pequena gravadora local, chamada NN Discos, se interessa pela banda e chama-os para gravarem um compacto, com a possibilidade de gravarem um álbum. A banda grava duas músicas em Salvador: Controle Total e Meu Primo Zé. O lado A continha uma música "chupada" de Complete Control do The Clash, mas com uma letra que falava da vida na Bahia. Já o lado B era composto de uma versão da música My Perfect Cousin do The Undertones. O compacto foi lançado em julho de 1982.

Após o compacto, a gravadora decide dar a oportunidade deles gravarem um álbum. Entretanto, com o sucesso de outras bandas do incipiente rock nacional dos anos 80 - o primeiro compacto da Blitz é de 1982, assim como o dos Paralamas do Sucesso e o do Kid Abelha, a Som Livre se interessa em lançar nacionalmente o álbum. Então, Marcelo Nova é chamado para uma reunião com os executivos da gravadora Som Livre, Heleno de Oliveira e João Araújo, pai de Cazuza. Neste encontro, eles expõem um "problema" para Marcelo Nova: o nome da banda atrapalharia a divulgação do primeiro trabalho (nos jornais o Camisa de Vênus era tratado como "Camisa de ..."). Eles sugeriram que o nome fosse trocado por outro "melhor". Marcelo Nova diz que aceitaria a troca de nome e propõe que o novo nome seja "Capa de Pica".

Esta reunião selaria o destino do Camisa de Vênus na gravadora Som Livre e o seu primeiro álbum homônimo, lançado em 1983, teria a distribuição prejudicada. O álbum continha a música Bete Morreu, que faria sucesso nacionalmente, mas que, pouco tempo depois, teria a sua execução radiofônica proibida em todo o território nacional pela Censura.

Após o lançamento, a banda fica quase um ano sem gravadora, mas acaba assinando com a RGE. Assim, em 1984, sai o segundo álbum da banda, chamado Batalhões de Estranhos. O disco traz uma banda mais madura e com melhores recursos de estúdio à sua disposição, o que proporciona a realização de um som mais polido e menos agressivo. O segundo álbum da banda traz mais um sucesso radiofônico, Eu Não Matei Joana D'Arc e eles saem novamente em turnê.









Mudança de Gravadora

Ao assistir um show da banda,
André Midani (diretor da gravadora WEA, na época) vai ao camarim da banda perguntar o que ele precisava para "contratar aquele insulto". Fica acertado então que o Camisa de Vênus lançaria um álbum com o registro ao vivo de um show da turnê, produzido por Pena Schmidt e lançado ainda pelo selo RGE. Ao analisar o material, eles decidem lançar um show em Santos, realizado no dia 08 de março.

Marcelo Nova, que já tinha experiência de músicas censuradas, decide não enviar o álbum à apreciação da Censura, que continuava em vigor apesar do fim da
ditadura militar. O álbum Viva foi lançado em 1986 e, quando estava com cerca de 40 mil cópias vendidas foi recolhido pela Polícia Federal por ordens da censura. O próprio Marcelo Nova presenciou cópias de seu disco sendo recolhidas em São Paulo.

Após este episódio, o álbum teve oito de suas dez músicas censuradas por conterem linguagem inapropriada. Entretanto, com a volta às vendas, apesar da proibição de execução radiofônica e, talvez, devido ao impulso conseguido com as notícias da censura do álbum, suas vendas atingem a marca de 180 mil. É o segundo álbum ao vivo mais vendido do rock nacional dos anos 80, só perdendo para o disco Radio Pirata Ao Vivo, do RPM.

Ainda em 1986, entram em estúdio novamente e gravam o álbum Correndo O Risco, o primeiro pela gravadora Warner. O álbum é produzido por Pena Scmidt continuando a parceria que se encerraria apenas com o fim da banda. Ele vende 300 mil cópias e a música Só O Fim torna-se a mais tocada nas rádios naquele ano. Além da já citada, são destaques do álbum as músicas Simca Chambord e Deus Me Dê Grana.








Término da banda
Após mais uma turnê, a banda se reúne em estúdio para gravar um novo álbum. Chamam
Raul Seixas para uma participação, o que resulta na composição e gravação de Muita Estrela, Pouca Constelação. Marcelo Nova e o Camisa de Vênus conheciam Raul desde uma apresentação no Circo Voador, no Rio de Janeiro em 1984, quando foram informados que Raulzito viria vê-los e acabaram tocando uma seleção de covers de clássicos do Rock.

Assim, em outubro de 1987, lançam o primeiro álbum duplo do rock nacional, Duplo Sentido. A recepção ao álbum é inferior ao último, talvez em reflexo do grande número de músicas. Apesar disto, as vendas somam cerca de 40 mil, mesmo sem uma grande turnê de divulgação.

Desde o disco anterior da banda, Marcelo Nova vinha pensando em sair para seguir novos rumos.
Também as relações entre os membros estavam desgastadas pelos vários anos de convivência. Então, logo após o lançamento deste álbum, ele anuncia à banda que estava deixando o grupo para seguir carreira solo, mas que eles poderiam continuar se quisessem. Entretanto, os demais membros decidem encerrar a carreira do grupo.







Volta em 1995

Em meados de
1995, Karl Hummel ligou para Marcelo Nova querendo voltar com a banda. Para convencer Marcelo Nova disse que tinha ouvido outro dia na TV que o Skank era a "nova sensação do rock nacional" e que, por isso, eles precisavam voltar. Eles chamam Robério Santana para reassumir o baixo, mas Gustavo Mullem e Aldo Machado decidem não participar. Gustavo Mullem estava trabalhando no exterior e Aldo Machado tornou-se cristão e não desejava mais tocar com o Camisa.

Para completar a banda, Marcelo Nova reúne metade do Camisa de Vênus original com metade da sua banda de apoio do álbum A Sessão sem Fim. Assim, completam a formação dois músicos antológicos do rock nacional, Luis Sérgio Carlini na guitarra solo e Franklin Paolillo na bateria, além de Carlos Alberto Calazans nos teclados, músico que acompanhava Marcelo Nova desde a sua saída do Camisa de Vênus.

Carlini havia sido o guitarrista do
Tutti Frutti, a banda de Rita Lee nos anos 70 após a sua saída dos mutantes e Paolillo tocou com Carlini no Tutti Frutti, participando do álbum Fruto Proibido, e também na formação original do Joelho de Porco.

Com esta nova formação o Camisa inicia uma série de shows e assina com a
Polygram um contrato para o lançamento de 2 álbuns. Assim, ainda em 1995, gravam um show realizado no Aeroanta, em São Paulo, e lançam o álbum ao vivo Plugado!. O álbum teve boa repercussão, apresentando o Camisa para uma nova geração de fãs.

Para consolidar esta fase, no ano seguinte, a banda entra em estúdio para gravar o disco
Quem É Você?. Este álbum conta com a participação de Eric Burdon, lendário vocalista do The Animals, dividindo os vocais com Marcelo Nova e, também, produzindo um cover de Don't Let Me Be Misunderstood. Além disto, conta também com a participação dos Raimundos na faixa Essa Linda Canção, que recebeu grande repercussão na MTV.

Após um ano em turnê, Marcelo Nova decide terminar com o Camisa de Vênus novamente e voltar com a sua carreira solo, no ano seguinte.





Reunião em 2004
Em janeiro de
2004, a banda se reúne para tocar na 6ª edição do Festival de Verão Salvador e, também, para realizar outros shows. O Camisa se apresenta com Marcelo Nova, Karl Hummel e Gustavo Mullem, da formação original, e mais Lu Stopa no baixo, Johnny Boy nos teclados e guitarra adicional, e Denis Mendes na bateria como banda de apoio.

É gravado um
DVD ao vivo com a apresentação do Camisa de Vênus no festival de verão que é lançado no mesmo ano. Ao fim do ano, o Camisa de Vênus volta a se separar.




Reunião em 2007

Em 2007, se reúnem para uma turnê com alguns shows pelo
Brasil, e também gravam um DVD ao vivo a partir de um show em Divinópolis. Nesta reunião a banda é formada por Marcelo Nova, Karl Hummel, Robério Santana e Gustavo Mullem, da formação original, mais Luiz Carlini e Denis Mendes.




Sem Marcelo Nova

Agora em
2009, a banda anuncia a volta oficial, porém, não conta com a presença do vocalista Marcelo Nova, do baterista original Aldo Machado e nem do baixista Robério Santana. Ambos foram substituídos por Eduardo Scott (ex-Gonorréia) nos vocais, Louis Bear na bateria, e Jerry Marlon, no baixo. Recentemente, a banda lançou de foram independente a coletânea Mais Vivo do Que Nunca, com Scott interpretando os clássicos que foram eternizados na voz de Marcelo.


Origem: Wikipédia

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Bandas Nacionais Anos 80 - Plebe Rude

 
 
 
 
Banda formada nos anos 80 por Philippe Seabra, Gutje, André X e Jander Bilaphra. Em Brasília, fizeram parte da turma da Colina, integrada por outras bandas como Os Paralamas do Sucesso e Aborto Elétrico (que posteriormente deu origem Capital Inicial e Legião Urbana). O estilo da banda, repleto de críticas sociais e políticas, reflete toda a cultura punk da época, porém com uma preocupação maior nas composições e elaboração dos arranjos e melodias. Por estes fatores, é considerado uma mistura do punk rock com a influência post punk inglesa e sua invasão oitentista do new wave.
A Plebe Rude e a Legião Urbana fizeram um show num festival de rock em Patos de Minas em 05 de Setembro 1982, primeiro show da recém formada Legião Urbana, abrindo para a Plebe Rude. Após as apresentações, acabaram sendo presos por causa de suas letras, Plebe Rude por uma música chamada "Voto em Branco" e Legião Urbana pela "Música Urbana 2", mas todos acabaram soltos após a polícia local ser informada por eles mesmos que eram de Brasília, temendo que fossem filhos de políticos.
O grupo dissolveu-se em meados dos anos 90, voltando a reunir-se em 2000 para gravar um álbum ao vivo, intitulado Enquanto a Trégua Não Vem. Em 2003, Gutje e Jander Bilaphra deixam a banda. Plebe Rude volta na forma definitiva com Clemente, que também integra a banda Inocentes, e Txotxa, que já havia integrado a banda Maskavo Roots. Em 2006, com esta nova formação, lançaram o álbum intitulado R ao contrário.
Em 2009, a banda gravou de forma independente o CD e DVD Rachando Concreto - 30 Anos Ao Vivo. Em 2010, a banda assina com a gravadora Coqueiro Verde e confirma o lançamento do projeto no primeiro trimestre de 2011. Ainda em 2010, a faixa "The Wake" é destaque na trilha sonora do filme "Federal", com Selton Mello, Michael Madsen e Carlos Alberto Riccelli no elenco e direção de Erik de Castro.


 

 

 

 

 

 

 

 
Formação atual
  • Philippe Seabra (guitarra e voz)
  • Clemente (guitarra e voz)
  • André X (baixo)
  • Txotxa (bateria)
 
 
Ex-integrantes
 
 
  • Gutje
  • Jander Bilaphra
  • Rogério Fontes
 
 
 
 
 
 
Discografia
 
 
Álbuns de Estúdio
 
 
 
 
  • 1985 - O Concreto Já Rachou (EMI)
  • 1987 - Nunca Fomos Tão Brasileiros (EMI)
  • 1988 - Plebe Rude III (EMI)
  • 1993 - Mais Raiva Do Que Medo (Natasha Records/Sony Music)
  • 2006 - R ao Contrário (Independente/OutraCoisa)

 
 
Álbuns Ao Vivo
 
 

  • 2000 - Enquanto a Trégua Não Vem (EMI)
  • 2011 - Rachando Concreto: Ao Vivo em Brasília (Coqueiro Verde)
 
 
Coletâneas
 
  • 1997 - Portofólio (EMI) - Caixa
  • 1998 - Preferência Nacional (EMI)
  • 2001 - Para Sempre (EMI)
  • 2002 - Identidade (EMI)
  • 2003 - 2 em 1 (O Concreto Já Rachou e Nunca Fomos Tão Brasileiros juntos em um único CD) (EMI)
  •  
Origem: O Diário da Turma 1976-1986: A História do Rock de Brasília (2001, Conrad Editora)

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Bandas Nacionais anos 80 - Capital Inicial







O início


Brasília, maio de 1983, um grupo de jovens é preso por usar pulseiras de tachas , alfinetes e bolsas sob a alegação destes acessórios serem armas em potencial. A resposta veio no editorial do "Fan Zine", em seu segundo número, escrito por um jovem que assinava apenas "Dinho". O Fan Zine trazia outros assuntos, como a "discografia básica da nova música", que incluía Sex Pistols, The Clash, The Damned, Ramones, Siouxsie & the Banshees, Public Image Ltd, Adam & the Ants, Joy Division, U.K. Subs e Dead Kennedys.


Naquelas páginas, às vezes escritas a mão, com colagens de outras publicações, lia-se um pequeno panorama do punk rock de Brasília (com letras do Aborto Elétrico, XXX e Plebe Rude), quadrinhos, poesias e textos de diversos colaboradores (Hermano Vianna, Marcelo Rubens Paiva, Guilherme Isnard, entre outros). A postura deste grupo que expunha seus pensamentos através da música, de fanzines e de sua atitude, pode ser caracterizada pela música "Geração Coca-cola", de Renato Russo, como fez Jamari França em artigo publicado no Jornal do Brasil, em 12 de novembro de 1984, quando reproduziu os versos da canção: "Depois de 20 anos de escola / não é difícil aprender / todas as manhas deste jogo sujo / não é assim que tem que ser? / vamos fazer nosso dever de casa / aí então vocês vão ver / suas crianças derrubando reis / fazer comédia no cinema com suas leis. / Somos os filhos da revolução / somos burgueses sem religião / somos o futuro da nação / Geração Coca-Cola".







Surgimento da banda (1982-1985)



O Capital Inicial surgiu em 1982, formado pelos irmãos Fê Lemos (bateria) e Flávio Lemos (baixo), ex-integrantes do Aborto Elétrico, ao lado de Renato Russo, e Loro Jones (guitarra), oriundo da banda Blitz 64. Em 1983, Dinho Ouro Preto, após um estágio como baixista da banda "dado e o reino animal" (assim mesmo, com letras minúsculas), onde também tocavam Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, entra para os vocais. Em julho estreiam em Brasília, tocando em seguida em São Paulo (SESC Pompeia) e no Rio de Janeiro (Circo Voador). Aliás, esta foi uma das características marcantes do início da carreira: as constantes viagens e apresentações nos principais palcos do underground do rock brasileiro.


Em 1984, o ritmo cada vez maior de viagens indica a necessidade de estarem mais próximos do seu principal mercado, as regiões Sudeste e Sul. No final do ano assinam seu primeiro contrato fonográfico, com a CBS (atual Sony), e se mudam para São Paulo no inicio de 1985. Logo em seguida lançam seu primeiro registro em vinil, o compacto duplo "Descendo o Rio Nilo/Leve Desespero". Ainda neste ano integram o elenco da trilha sonora do primeiro "filme-rock" brasileiro, "Areias Escaldantes", de Francisco de Paula, ao lado de Ultraje a Rigor, Titãs, Lobão e os Ronaldos, Ira!, Metrô, Lulu Santos e May East.

Em 1984, o ritmo cada vez maior de viagens indica a necessidade de estarem mais próximos do seu principal mercado, as regiões Sudeste e Sul. No final do ano assinam seu primeiro contrato fonográfico, com a CBS (atual Sony), e se mudam para São Paulo no inicio de 1985. Logo em seguida lançam seu primeiro registro em vinil, o compacto duplo "Descendo o Rio Nilo/Leve Desespero". Ainda neste ano integram o elenco da trilha sonora do primeiro "filme-rock" brasileiro, "Areias Escaldantes", de Francisco de Paula, ao lado de Ultraje a Rigor, Titãs, Lobão e os Ronaldos, Ira!, Metrô, Lulu Santos e May East.







Primeiros discos


O primeiro LP, Capital Inicial, já pela Polygram, foi lançado em 1986 e recebeu ótimas críticas. "Um rock limpo, vigoroso, dançante e sobretudo competente, a quilômetros de distância da mesmice que assaltou a música pop brasileira nos últimos tempos", assim o jornalista Mário Nery abre a crítica ao disco no caderno Ilustrada, da Folha de S.Paulo, em 29 de julho de 1986. O álbum trazia músicas como "Música Urbana", "Psicopata", "Fátima", "Veraneio Vascaína" (censurada pela Polícia Federal), "Leve Desespero" entre outras, e levou o Capital Inicial ao seu primeiro disco de ouro.

Em 1987, contando com o tecladista Bozzo Barretti em sua formação, o Capital Inicial lança seu segundo disco, Independência, emplacando "Prova", "Independência", a regravação de Descendo o Rio Nilo, e conquista o segundo disco de ouro. Neste ano, é convidado para abrir os shows da turnê do cantor inglês Sting em São Paulo (Estacionamento do Anhembi), Rio de Janeiro no Maracanã, Belo Horizonte no Estádio Independência, Brasília no Estádio Mané Garrincha e Porto Alegre no Estádio Olímpico Monumental.

Você Não Precisa Entender chega as lojas de todo o país em 1988, com mais hits, "A Portas Fechadas", "Pedra Na Mão" e "Fogo". O ano de 1989 marca o lançamento do álbum Todos os Lados, com destaque para as faixas "Todos os Lados", "Mickey Mouse em Moscou" e "Belos e Malditos". Em 1990 participam do festival Hollywood Rock, realizado em São Paulo e no Rio de Janeiro.

O álbum Eletricidade, lançado em 1991, marca o início de mudanças no Capital Inicial, começando pela gravadora. O álbum, lançado pela BMG, trazia uma versão para "The Passenger", de Iggy Pop, batizada de "O Passageiro", e composições como "Cai a Noite", "Kamikaze" e "Todas as Noites". Neste mesmo ano, participam da segunda edição do festival Rock in Rio.

Em 1987, contando com o tecladista Bozzo Barretti em sua formação, o Capital Inicial lança seu segundo disco, Independência, emplacando "Prova", "Independência", a regravação de Descendo o Rio Nilo, e conquista o segundo disco de ouro. Neste ano, é convidado para abrir os shows da turnê do cantor inglês Sting em São Paulo (Estacionamento do Anhembi), Rio de Janeiro no Maracanã, Belo Horizonte no Estádio Independência, Brasília no Estádio Mané Garrincha e Porto Alegre no Estádio Olímpico Monumental.

Você Não Precisa Entender chega as lojas de todo o país em 1988, com mais hits, "A Portas Fechadas", "Pedra Na Mão" e "Fogo". O ano de 1989 marca o lançamento do álbum Todos os Lados, com destaque para as faixas "Todos os Lados", "Mickey Mouse em Moscou" e "Belos e Malditos". Em 1990 participam do festival Hollywood Rock, realizado em São Paulo e no Rio de Janeiro.

O álbum Eletricidade, lançado em 1991, marca o início de mudanças no Capital Inicial, começando pela gravadora. O álbum, lançado pela BMG, trazia uma versão para "The Passenger", de Iggy Pop, batizada de "O Passageiro", e composições como "Cai a Noite", "Kamikaze" e "Todas as Noites". Neste mesmo ano, participam da segunda edição do festival Rock in Rio.






Divergências

Em 1996 a banda lança Capital Inicial Ao Vivo, o primeiro pela Qualé Cumpadi Records, gravadora independente que a banda monta, e o segundo pela Rede Brasil Discos, atual Alpha Discos. Durante os próximos cinco anos a banda praticamente desaparece da mídia, levando muitos a acreditar que a banda tinha acabado. Mas a verdade é que a banda nunca parou de excursionar e fazer shows, e se manteve ativa numa época de baixa do rock brasileiro.

Em 1992, Bozzo Barretti deixa o grupo, e em 1993, divergências musicais e pessoais levam o vocalista Dinho Ouro Preto a seguir carreira solo. Enquanto isso, o Capital Inicial, agora com o santista Murilo Lima (ex-banda Rúcula) nos vocais, lança Rua 47 em 1995.

Em 1996 a banda lança Capital Inicial Ao Vivo, o primeiro pela Qualé Cumpadi Records, gravadora independente que a banda monta, e o segundo pela Rede Brasil Discos, atual Alpha Discos. Durante os próximos cinco anos a banda praticamente desaparece da mídia, levando muitos a acreditar que a banda tinha acabado. Mas a verdade é que a banda nunca parou de excursionar e fazer shows, e se manteve ativa numa época de baixa do rock brasileiro.

Em 1992, Bozzo Barretti deixa o grupo, e em 1993, divergências musicais e pessoais levam o vocalista Dinho Ouro Preto a seguir carreira solo. Enquanto isso, o Capital Inicial, agora com o santista Murilo Lima (ex-banda Rúcula) nos vocais, lança Rua 47 em 1995.






A volta do Capital Inicial

São Paulo, março de 1998, amadurecidos, com o respaldo do lançamento, pela Polygram, do álbum O Melhor do Capital Inicial, da constante execução de suas músicas pelas maiores emissoras de rádio e, principalmente, com o apoio dos fãs; que mantiveram o Capital Inicial vivo, seus quatro integrantes originais decidem voltar aos palcos. Dinho Ouro Preto, Loro Jones, Fê Lemos e Flávio Lemos voltam à estrada com um novo show, uma comemoração aos 15 anos da banda e aos 20 anos do nascimento do rock candango. O repertório traz sucessos, faixas pouco conhecidas e composições de bandas que fizeram parte da cena de Brasília nos anos 80, como Plebe Rude, Legião Urbana e Finis Africae.

Em julho do mesmo ano a banda assina com a gravadora Abril Music, e em setembro ruma para Nashville no Tennessee, EUA, onde gravam Atrás dos Olhos. Este disco é produzido por David Zá, que entre outros trabalhou com artistas como Prince, Billy Idol e Fine Young Cannibals. As músicas mais executadas desse disco foram "O Mundo" de Pit Passarell, baixista da banda Viper e amigo da banda, "1999" e "Eu Vou Estar". Todas essas músicas tiveram videoclipes com grande repercussão junto ao público da MTV, sendo que "O Mundo" concorreu a cinco prêmios na edição de 1999 do Video Music Brasil.

Este mesmo ano de 1998 assiste ainda o lançamento de mais duas coletâneas pela Universal (ex-PolyGram): um álbum da série Millennium, com vinte músicas pinçadas dos quatro primeiros discos, e um álbum de canções do grupo remixadas por produtores e DJs famosos do Brasil. Infelizmente esta mesma gravadora reluta ainda em relançar os discos originais, apesar do evidente prejuízo que tal atitude traz à banda, e a insatisfação dos fãs.

O ano de 1999 é dedicado à turnê brasileira e, ao longo dos shows, a banda, além dos antigos fãs, encontra um novo público, adolescentes que não conhecem seus primeiros discos. Então surge a ideia de fazer um disco ao vivo, juntando novos e antigos sucessos. Rapidamente esta ideia se transforma no projeto de um disco acústico, em parceria com a MTV.

O último ano do século XX começa com a banda se preparando para a gravação do Acústico MTV, que acaba ocorrendo em março com a participação do cantor e compositor Kiko Zambianchi. O disco é lançado dia 26 de maio, e a primeira tiragem rapidamente se esgota nas principais lojas do Brasil. A primeira música escolhida para tocar nas rádios, "Tudo Que Vai", de Alvin L., Toni Platão e Dado Villa-Lobos, é amplamente executada em todo o país, e a banda vê reconhecido o seu empenho em fazer um disco acústico de rock simples, despojado, mas com a mesma atitude dos seus melhores discos. Isso fica claro em 2001 (ano da participação do grupo no terceiro Rock in Rio), quando o sucesso "Natasha" explode entre as músicas mais executadas nas rádios de todo o Brasil e faz com que as vendas do disco alcançassem mais de 1 milhão de cópias, colocando assim o Capital Inicial como uma das maiores bandas do rock brasileiro.

Em 2002, após a turnê "desplugada" o Capital volta com força total às guitarras fazendo um disco totalmente rock n' roll e com vocal mais agressivo. Saída do Loro Jones, para carreira solo e fazendo ponta em Cinema em Brasília. Com Yves Passarel assumindo o posto de guitarrista, é lançado Rosas e Vinho Tinto. Os hits "A Sua Maneira" e "Mais" explodem nas rádios e o disco já alcança a marca de 200 mil cópias vendidas. Em 2004, a banda lança giGAntE!, um álbum não tão criativo quanto seu anterior, com melodias nada inspiradas e letras superficiais, mas que, mesmo assim emplacou alguns hits. Após a turnê de giGAntE!, a banda se dedica a um antigo projeto, regravar as músicas da banda Aborto Elétrico (a banda que originou Capital Inicial e Legião Urbana) com os arranjos originais. Lançam em 2005, CD e DVD MTV Especial: Aborto Elétrico com algumas das canções da banda lendária de Brasília.

Em julho do mesmo ano a banda assina com a gravadora Abril Music, e em setembro ruma para Nashville no Tennessee, EUA, onde gravam Atrás dos Olhos. Este disco é produzido por David Zá, que entre outros trabalhou com artistas como Prince, Billy Idol e Fine Young Cannibals. As músicas mais executadas desse disco foram "O Mundo" de Pit Passarell, baixista da banda Viper e amigo da banda, "1999" e "Eu Vou Estar". Todas essas músicas tiveram videoclipes com grande repercussão junto ao público da MTV, sendo que "O Mundo" concorreu a cinco prêmios na edição de 1999 do Video Music Brasil.

Este mesmo ano de 1998 assiste ainda o lançamento de mais duas coletâneas pela Universal (ex-PolyGram): um álbum da série Millennium, com vinte músicas pinçadas dos quatro primeiros discos, e um álbum de canções do grupo remixadas por produtores e DJs famosos do Brasil. Infelizmente esta mesma gravadora reluta ainda em relançar os discos originais, apesar do evidente prejuízo que tal atitude traz à banda, e a insatisfação dos fãs.

O ano de 1999 é dedicado à turnê brasileira e, ao longo dos shows, a banda, além dos antigos fãs, encontra um novo público, adolescentes que não conhecem seus primeiros discos. Então surge a ideia de fazer um disco ao vivo, juntando novos e antigos sucessos. Rapidamente esta ideia se transforma no projeto de um disco acústico, em parceria com a MTV.

O último ano do século XX começa com a banda se preparando para a gravação do Acústico MTV, que acaba ocorrendo em março com a participação do cantor e compositor Kiko Zambianchi. O disco é lançado dia 26 de maio, e a primeira tiragem rapidamente se esgota nas principais lojas do Brasil. A primeira música escolhida para tocar nas rádios, "Tudo Que Vai", de Alvin L., Toni Platão e Dado Villa-Lobos, é amplamente executada em todo o país, e a banda vê reconhecido o seu empenho em fazer um disco acústico de rock simples, despojado, mas com a mesma atitude dos seus melhores discos. Isso fica claro em 2001 (ano da participação do grupo no terceiro Rock in Rio), quando o sucesso "Natasha" explode entre as músicas mais executadas nas rádios de todo o Brasil e faz com que as vendas do disco alcançassem mais de 1 milhão de cópias, colocando assim o Capital Inicial como uma das maiores bandas do rock brasileiro.

Em 2002, após a turnê "desplugada" o Capital volta com força total às guitarras fazendo um disco totalmente rock n' roll e com vocal mais agressivo. Saída do Loro Jones, para carreira solo e fazendo ponta em Cinema em Brasília. Com Yves Passarel assumindo o posto de guitarrista, é lançado Rosas e Vinho Tinto. Os hits "A Sua Maneira" e "Mais" explodem nas rádios e o disco já alcança a marca de 200 mil cópias vendidas. Em 2004, a banda lança giGAntE!, um álbum não tão criativo quanto seu anterior, com melodias nada inspiradas e letras superficiais, mas que, mesmo assim emplacou alguns hits. Após a turnê de giGAntE!, a banda se dedica a um antigo projeto, regravar as músicas da banda Aborto Elétrico (a banda que originou Capital Inicial e Legião Urbana) com os arranjos originais. Lançam em 2005, CD e DVD MTV Especial: Aborto Elétrico com algumas das canções da banda lendária de Brasília.








Recentemente
O álbum Eu Nunca Disse Adeus é lançado em 2007, com uma sonoridade diferente, tanto melódica quanto vocal, onde Dinho Ouro Preto faz uso de seu timbre grave, não abusando dos gritos que permearam os tres álbuns anteriores (Rosas e Vinho Tinto, Gigante e MTV Especial: Aborto Elétrico). Neste álbum destaque para as faixas, "A Vida É Minha (E Eu Faço o que Eu Quiser)", "Eu e Minha Estupidez", "Aqui", e o primeiro single "Eu Nunca Disse Adeus". Neste mesmo ano venceu o Prêmio Multishow 2007 na categoria Melhor Grupo.

Em 2008, lança o álbum ao vivo Multishow ao Vivo: Capital Inicial em Brasília para comemorar os 25 anos da carreira. O disco foi gravado em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, no dia 21 de abril, aniversário da cidade e que contou com mais de 1 milhão de pessoas na plateia. Participaram do show os músicos convidados Robledo Silva e Fabiano Carelli. A primeira música de trabalho do álbum é "Algum Dia", e a segunda é "Dançando com a Lua".

No sábado do dia 31 de outubro de 2009, a banda estava fazendo um show em Patos de Minas, Minas Gerais, quando Dinho Ouro Preto teve uma queda de três metros de altura do palco, assustando seus fãs do Brasil. Dinho sofreu traumatismo craniano leve e uma fratura na costela; e após cinco dias de internação, o cantor voltou para a UTI por causa de uma infecção.

No dia 30 de dezembro, o vocalista Dinho saiu do hospital, depois de quase um mês internado. Após deixar o hospital Dinho e o integrantes da banda entraram em estúdio para a gravação do décimo quinto álbum do grupo Das Kapital. O disco traz algumas canções que contam um pouco do drama vivido por Dinho. Lançado no dia 2 de junho de 2010, o primeiro single do álbum foi "Depois da Meia Noite", liberado para as rádios de todo Brasil




Formação atual



  • Dinho Ouro Preto - vocais (1982-1993, 1998-presente)
  • Flávio Lemos - baixo (1982-presente)
  • Fê Lemos - bateria, backing vocals (1982-presente)
  • Yves Passarel - guitarra (2001-presente)


Discografia


Álbuns de estúdio
  • 1986 - Capital Inicial
  • 1987 - Independência
  • 1988 - Você Não Precisa Entender
  • 1989 - Todos os Lados
  • 1991 - Eletricidade
  • 1995 - Rua 47
  • 1998 - Atrás dos Olhos
  • 2002 - Rosas e Vinho Tinto
  • 2004 - giGAntE!
  • 2005 - MTV Especial: Aborto Elétrico
  • 2007 - Eu Nunca Disse Adeus
  • 2010 - Das Kapital



Origem: O Diário da Turma 1976-1986: A História do Rock de Brasília (2001, Conrad Editora)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Bandas Nacionais Anos 80 - Ira!






História
Subúrbio
 
No final dos anos 70, no outono da ditadura militar, Edgard Scandurra, fascinado pelo punk rock e, em busca desse som, ia a shows na periferia da cidade, para trocar informações com o pessoal. Foi então que Edgard e seu amigo Dino resolveram montar uma banda que tocasse punk, sem esquecer de Led Zeppelin e Jimi Hendrix. Nascia aí a banda Subúrbio. Nessa época, Edgard estudava no Colégio Brasílio Machado, onde volta e meia topava com um sujeito esquisito chamado Marcos Valadão Rodolfo, de apelido Nasi. Mesmo sem conhecê-lo, Edgard sentia simpatia pelo modo com que ele se vestia, e num desses encontros os dois acabaram se conhecendo, e ficando amigos.
Mais tarde, Edgard chamou o Nasi para participar do Subúrbio, no festival interno do colégio Objetivo. Nessa época, o grande hit do Subúrbio era "Pobre Paulista", que mais tarde viraria um dos grandes hits do Ira!. Em 1980, Edgard foi convocado para servir o exército, e foi lá onde Edgard iria compor N.B. ("Núcleo Base"), que por sua vez também viraria um grande hit do Ira!, um ano depois (em 1981), Nasi chamaria o amigo Edgard para tocar num show na PUC e ali surgiria o Ira!, ainda sem exclamação, e com nome inspirado no Exército Republicano Irlandês. Completavam a formação o baterista Fabio Scattone, e o baixista Adilson.
Dois anos se passaram até que o produtor Pena Schimidt descobriu a banda, nessa época contando com Charles Gavin (viria a se tornar membro dos Titãs) na bateria e Dino (velho companheiro da antiga banda Subúrbio) no contrabaixo, e os levou até a gravadora Warner, onde o Ira! gravaria seu primeiro compacto. O compacto contava com as músicas "Gritos na Multidão" e "Pobre Paulista".
No final dos anos 70, no outono da ditadura militar, Edgard Scandurra, fascinado pelo punk rock e, em busca desse som, ia a shows na periferia da cidade, para trocar informações com o pessoal. Foi então que Edgard e seu amigo Dino resolveram montar uma banda que tocasse punk, sem esquecer de Led Zeppelin e Jimi Hendrix. Nascia aí a banda Subúrbio. Nessa época, Edgard estudava no Colégio Brasílio Machado, onde volta e meia topava com um sujeito esquisito chamado Marcos Valadão Rodolfo, de apelido Nasi. Mesmo sem conhecê-lo, Edgard sentia simpatia pelo modo com que ele se vestia, e num desses encontros os dois acabaram se conhecendo, e ficando amigos.
Mais tarde, Edgard chamou o Nasi para participar do Subúrbio, no festival interno do colégio Objetivo. Nessa época, o grande hit do Subúrbio era "Pobre Paulista", que mais tarde viraria um dos grandes hits do Ira!. Em 1980, Edgard foi convocado para servir o exército, e foi lá onde Edgard iria compor N.B. ("Núcleo Base"), que por sua vez também viraria um grande hit do Ira!, um ano depois (em 1981), Nasi chamaria o amigo Edgard para tocar num show na PUC e ali surgiria o Ira!, ainda sem exclamação, e com nome inspirado no Exército Republicano Irlandês. Completavam a formação o baterista Fabio Scattone, e o baixista Adilson.
Dois anos se passaram até que o produtor Pena Schimidt descobriu a banda, nessa época contando com Charles Gavin (viria a se tornar membro dos Titãs) na bateria e Dino (velho companheiro da antiga banda Subúrbio) no contrabaixo, e os levou até a gravadora Warner, onde o Ira! gravaria seu primeiro compacto. O compacto contava com as músicas "Gritos na Multidão" e "Pobre Paulista".









Ira!
 
O Ira! surgiu a partir da banda Subúrbio, que agregou o guitarrista Edgard Scandurra (ex-Ultraje a Rigor) e o vocalista Nasi. Depois de algumas mudanças de formação, a banda se estabilizaria ao redor dos dois e do baixista Ricardo Gaspa e o baterista André Jung. O grupo lança seu primeiro disco, Mudança de Comportamento, em 1985, mas o sucesso só viria em 1986, com o álbum Vivendo e Não Aprendendo, com hits como "Dias de Luta", "Envelheço na Cidade" e "Flores em Você" (esta última incluída na abertura da novela O Outro, da Rede Globo, no ano de 1987).
Depois de se afastar da mídia por preferir continuar atrelada às suas raízes punk e de lançar vários discos nos anos 80 e 90, o Ira! retoma o sucesso entre o fim da década de 90 e o início do século XXI, com os álbuns Isso é Amor, de 1999, MTV ao Vivo, de 2000, Entre Seus Rins, de 2001 e Acústico MTV, de 2004, Juntos, esses quatro álbuns venderam mais de 500 mil cópias, consolidando a banda entre os maiores nomes do rock brasileiro.
Em 2007 o grupo lançou o que viria a ser o seu último álbum, intitulado Invisível DJ.








Brigas e término do grupo
No Inicio de setembro de 2007, após brigas com o irmão e empresário Airton Valadão, Nasi retirou-se da banda (indeterminadamente), antes do Ira! entrar de férias, algo previsto para 2008.
Em novembro de 2007, o guitarrista da banda, Edgard Scandurra anuncia através de uma conta do site Orkut, que a banda Ira! estava findada e que os membros restantes estariam agora com uma banda nova. Nessa banda a formação seria a mesma do grupo Ira!, exceto o vocal que seria assumido pelo guitarrista Edgard. O nome da banda seria Trio.
Porém o projeto foi cancelado antes mesmo de acontecer, conforme informou o baterista Andre Jung, no mês de fevereiro de 2008.
Com isso os ex-integrantes do Ira! assumiram totalmente seus projetos, até então, paralelos. Nasi, segue em carreira solo e já lançou dois discos Onde os Anjos Não Ousam Pisar, de 2006 e Vivo na Cena, indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock Brasileiro em 2010. Frequentemente faz participações em shows de outras bandas e especiais. Edgard Scandurra com seu DVD Ao Vivo, com a cantora pernambucana Karina Buhr, com o Smack - outra banda que fez parte no início dos anos 80, além de participações como guitarrista na turnê dos álbuns Iê-iê-iê e Ao Vivo lá em Casa, de Arnaldo Antunes e em shows da banda Cidadão Instigado. André Jung toca na banda F.A.U.T., ao lado de João Gordo, tem o projeto Urban ToTem, e é produtor de bandas novas do pop/rock nacional como Stevens e Manu Gavassi. Gaspa retomou a banda Gaspa & Os Alquimistas e está gravando seu 1º álbum solo com participações de Marcelo Nova e Wander Wildner.



Última Formação

  • Nasi - Voz
  • Edgard Scandurra - Guitarra, Violão, e Vocal de Apoio
  • André Jung - Bateria e Percussão
  • Ricardo Gaspa - Baixo


Discografia



AnoÁlbumTipoVendas
1983IRAEstúdioSem Dados
1985Mudança de ComportamentoEstúdio60 mil
1986Vivendo e Não AprendendoEstúdio350 mil
1988PsicoacústicaEstúdio50 mil
1990ClandestinoEstúdio30 mil
1991Meninos da Rua PauloEstúdioSem Dados
1993Música Calma para Pessoas NervosasEstúdioSem Dados
19967EstúdioSem Dados
1998Você Não Sabe Quem Eu SouEstúdioSem Dados
1999Isso é AmorEstúdio80 mil
2000MTV ao VivoAo Vivo120 mil
2001Entre seus RinsEstúdioSem Dados
2004Acústico MTVAo Vivo250 mil
2007Invisível DJEstúdioSem Dados
2011Ira! e Ultraje a Rigor - Ao Vivo Rock in RioEstúdioSem Dados




Origem: Wikipédia

Bandas Nacionais Anos 80 - Legião Urbana






História


A banda foi formada em agosto de 1982 poucos meses após uma discussão de Renato Russo com sua antiga banda, Aborto Elétrico, devido a uma briga com o integrante Fê Lemos (bateria) na música "Veraneio Vascaína" (na ocasião, Renato havia errado a letra e levou uma baquetada em pleno show). Com o fim da banda, Fê Lemos e seu irmão, Flavio Lemos (contrabaixo), reúnem-se com Dinho Ouro Preto e formam o Capital Inicial. Para compor, Renato Russo se inspirava em bandas como The Beatles, Ramones, The Smiths, The Cure, Talking Heads e Joy Division e no filósofo Jean-Jacques Rousseau (daí a inspiração para o nome artístico).








O começo

A primeira apresentação da Legião Urbana aconteceu em 5 de setembro de 1982 na cidade mineira de Patos de Minas, durante o festival Rock no Parque, que contou com outras oito atrações, entre elas a Plebe Rude.

Esse foi o único concerto em que a banda apareceu com a sua primeira formação: Renato Russo (vocalista e baixista), Marcelo Bonfá (baterista), Paulo Paulista (tecladista) e Eduardo Paraná (guitarrista), hoje conhecido como Kadu Lambach. Após a apresentação, Paulo Paulista e Eduardo Paraná deixaram a Legião. O próximo guitarrista seria Ico Ouro-Preto (irmão de Dinho Ouro-Preto, vocalista do Capital Inicial), mas foi logo substituído por Dado Villa-Lobos, que assumiu a guitarra da Legião em março de 1983.









O sucesso
Em 23 de julho de 1983, a Legião faz no Circo Voador, Rio de Janeiro, um concerto que mudaria a história da banda. Após a apresentação, eles são convidados a gravar uma fita demo com a EMI. No ano seguinte, por indicação de Marcelo Bonfá, entra o baixista Renato Rocha e começa então a gravação do primeiro disco.

O primeiro álbum Legião Urbana, lançado em 2 de janeiro de 1985, é extremamente politizado, com letras que fazem críticas contundentes a diversos aspectos da sociedade brasileira. Paralelo a isso, possui canções de amor que foram marcantes na história da música brasileira, como "Será", "Ainda é cedo" e "Por Enquanto", esta última que é considerada como a melhor faixa de encerramento de um disco, segundo Arthur Dapieve, crítico e amigo de Renato Russo. "Geração Coca-Cola" é outra música famosa deste álbum.

O segundo álbum, Dois, foi lançado em 1986. O disco deveria ser duplo e se chamar Mitologia e Intuição, mas o projeto foi recusado pela gravadora, fazendo com que o disco saísse simples. A primeira música, "Daniel na Cova dos Leões" é iniciada com um pouco da canção "Será" envolto a ruídos de rádio e do hino da Internacional Socialista. É o segundo álbum mais vendido da banda, com mais de 1,2 milhão de cópias, e considerado por muitos o mais romântico. "Tempo Perdido" fez um grande sucesso e se tornou um dos clássicos da Legião. "Eduardo e Mônica", "Índios" e "Quase Sem Querer" também fizeram muito sucesso.

Que País É Este 1978/1987 pode ser considerada a primeira coletânea feita pela banda de Brasília, embora todas as faixas tivessem sido regravadas e produzidas para este álbum em estúdio. A maioria destas músicas foram propositalmente gravadas em primeiro take (baixo, guitarra e bateria de uma só vez). Este material foi programado para entrar no antigo projeto Mitologia e Intuição, que foi abortado pela gravadora. Das nove canções do disco, apenas "Eu sei", "Angra dos Reis" e "Mais do Mesmo" não eram do antigo Aborto Elétrico. Esta é a obra mais punk da Legião Urbana e contém em seu encarte uma breve história do grupo. Foi o último trabalho oficial com a participação do então baixista Renato Rocha. Seu título provisório era Mais do Mesmo. As maiores músicas deste álbum foram "Que País É Este", "Faroeste Caboclo" e "Angra dos Reis".

O álbum As Quatro Estações de 1989 é considerado por muitos o melhor e mais inspirado trabalho do grupo, inclusive pelo próprio Renato Russo, além de conter o maior número de hits: são onze canções, das quais pelo menos nove foram tocadas incessantemente nas rádios. É o álbum mais vendido da Legião, com mais de 1,7 milhão de cópias[carece de fontes?], é também considerado o disco mais "religioso". O baixista Renato Rocha tocou com o trio nos três primeiros álbuns e chegou a gravar o baixo de algumas faixas desse álbum, mas deixou o grupo devido a desentendimentos com os outros membros. As linhas de baixo originalmente gravadas por Rocha foram regravadas por Dado e Renato, que se revezaram nos baixos e guitarras. Músicas legendárias como "Pais e Filhos" e "Monte Castelo" fizeram parte deste álbum.

Lançado em Novembro de 1991, V é o disco mais melancólico. Renato estava em um momento complicado de sua vida, com a descoberta de que era soropositivo um ano e meio antes, problemas no relacionamento com o namorado americano, Robert Scott Hickman, e alcoolismo. O álbum é recheado de canções atípicas para os "padrões" da banda. A atmosfera de "Metal Contra as Nuvens", com seus mais de onze minutos de duração, é um dos destaques, assim como a densa "A Montanha Mágica". A crítica social de "O Teatro dos Vampiros" e a melancólica "Vento no Litoral" foram as mais tocadas neste CD.

O álbum O Descobrimento do Brasil de 1993, época em que Renato Russo tinha iniciado o tratamento para livrar-se da dependência química e mostrava-se otimista quanto ao seu sucesso. Ainda assim, as letras oscilam entre tristeza e alegria, encontros e despedidas. É como se, para seguir em frente, fosse necessário deixar muitas coisas para trás, e não se pudesse fazer isso sem uma boa dose de nostalgia. Desta forma, Descobrimento é um álbum com fortes notas de esperança, mas permeado por tristeza e saudosismo. Ainda assim, é considerado por muitos o álbum mais "alegre" e delicado da Legião Urbana. Apesar de boas vendas, o CD não foi muito tocado nas rádios. As faixas de sucesso foram "Giz", "Vinte e Nove" e "Perfeição", música essa que foi na época uma pesada crítica ao Brasil.









Fim da banda



O último concerto da Legião Urbana aconteceu em 14 de janeiro de 1995, na casa de apresentações "Reggae Night" em Santos, litoral do estado de São Paulo. No mesmo ano, todos os discos de estúdio da banda até 1993 foram remasterizados no lendário estúdio britânico Abbey Road Studios, em Londres, famoso por vários discos dos Beatles; e lançados em uma lata, intitulada "Por Enquanto 1984-1995". A lata também incluía um pequeno livro, com um texto escrito pelo antropólogo Hermano Vianna, irmão do músico Herbert Vianna.

A Tempestade ou O Livro dos Dias, lançado em 20 de setembro de 1996, foi o último da banda. Além disso, o álbum possui densas músicas, alternando o rock clássico de "Natália" e "Dezesseis", ao lirismo de "L'Aventura", "A Via Láctea", "Leila", "1º de Julho" e "O Livro dos Dias" e ao classicismo de "Longe do Meu Lado".

As letras, em geral, abordam temas como solidão, passado, amor, depressão, homossexualidade, AIDS, intolerância e injustiças, sendo um disco "melodramático" e de alma triste.

Algumas canções do disco sugerem uma despedida antecipada, como diz o trecho "e quando eu for embora, não, não chore por mim", da canção "Música Ambiente". As fotos do encarte foram tiradas próximas à época do lançamento, exceto a de Renato, que foi aproveitada da sessão de fotos do seu álbum solo Equilíbrio Distante de 1995, já que o cantor, um pouco debilitado, se recusou a fotografar para o disco. O álbum A Tempestade foi lançado inicialmente na época como um clássico livrinho com capa de papelão e anos depois relançado como álbum comum (caixa de plástico). A foto do guitarrista Dado é diferente entre as duas versões. Com exceção de "A Via Láctea", as demais faixas do álbum possuem apenas a voz guia de Renato, que não quis gravar as vozes definitivas. Também não foram incluídas as frases "Urbana Legio Omnia Vincit" e "Ouça no Volume Máximo", presentes nos discos do grupo. Em seu lugar, uma frase do escritor modernista brasileiro Oswald de Andrade: "O Brasil é uma República Federativa cheia de árvores e gente dizendo adeus".

O fim oficial da banda aconteceu em 22 de outubro de 1996, onze dias após a morte do mentor, líder e fundador da banda. Renato Russo faleceu 21 dias após o lançamento de A Tempestade, no dia 11 de Outubro de 1996.

Uma Outra Estação foi um álbum póstumo. A ideia original era de que A Tempestade fosse um álbum duplo. Como saiu simples, as sobras de estúdio foram compiladas nesse álbum de 1997. Canções como "Clarisse" ficaram de fora do álbum anterior por desejo do próprio Renato, que a considerava com uma temática muito pesada. A letra da canção "Sagrado Coração" consta no encarte porém não possui registro da voz de Renato. O álbum conta com participações especiais como Renato Rocha, baixista dos primeiros discos da Legião, e Bi Ribeiro, baixista dos Paralamas do Sucesso.

A banda então prossegue fazendo sucesso e vendendo muitos discos[carece de fontes?], e se seguem muitas entrevistas e reportagens com os ex-integrantes, Dado e Bonfá. Muitos começaram a ouvir as músicas da banda após a morte de Renato, aclamado por alguns até mesmo como um herói, embora sem nenhum feito heroico, mas perpetuado como um portador de uma visão crítica e realista.









Comunicado sobre a "volta" da Legião Urbana

Em 5 de Setembro de 2009, o site oficial da banda divulgou um comunicado, em nome da família Manfredini, Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e da gravadora EMI, esclarecendo que a Legião Urbana não voltaria às suas atividades, ao contrário das informações que circulavam através de boatos, uma vez por respeito a Renato Russo que jamais seria substituído. Ainda no instuito de aniquilar falsas informações, deixa claro que Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos não pretendem formar uma nova banda juntos para evitarem comparações.

No entanto, como o assunto sobre "a volta" da banda andava em alta, tanto nos jornais de grande circulação, tabloides eletrônicos ou mesmo nos sites de discussão e relacionamento (principalmente por conta do show que Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá realizaram no festival Porão do Rock, no dia 20 de setembro de 2009 em Brasília), o comunicado fez questão de reiterar que os integrantes não pretendiam retomar a banda, mas tão somente existiria uma "possibilidade" para que fosse realizada uma única turnê, com cantores convidados, contando ainda com uma banda de apoio, formada por músicos uruguaios. No entanto, nada estaria confirmado.

O comunicado deixa registrado também o intuito do site oficial da banda, que é "estreitar os vínculos entre a obra da banda e seu público", além de se tornar uma fonte de comunicação oficial..





Última formação



  • Renato Russo (voz, baixo, violão e teclados)
  • Dado Villa-Lobos (guitarra, violões, e viola de, além de algumas percussões)
  • Marcelo Bonfá (bateria e percussão)



Discografia


 
AnoÁlbumTipo
1985Legião UrbanaEstúdio
1986DoisEstúdio
1987Que País É EsteEstúdio
1989As Quatro EstaçõesEstúdio
1991VEstúdio
1992Música para AcampamentosColetânea, com canções inéditas
1993O Descobrimento do BrasilEstúdio
1996A Tempestade ou O Livro dos DiasEstúdio
1997Uma Outra EstaçãoEstúdio
1998Mais do MesmoColetânea
1999Acústico MTV Legião UrbanaAo Vivo
2001Como É que Se Diz Eu Te AmoAo Vivo
2004As Quatro Estações ao VivoAo Vivo
2006Uma CelebraçãoAo Vivo, gravado por outros artistas
2009Legião Urbana e Paralamas JuntosAo Vivo
2011PerfilColetânea


Origem: O Diário da Turma 1976-1986: A História do Rock de Brasília (2001, Conrad Editora)